Dirigir: Mulher no volante...
... a solução constante! "As ruas de São Paulo ficaram mais perigosas", esse foi o slogan pouco motivacional que usei para contar às pessoas que finalmente eu era uma motorista. O marido ficou mais do que feliz porque, além de odiar dirigir, eu sentia que ele não tinha muito prazer em bancar o motorista indo me levar e buscar no trabalho, por que será, né? Anywayssss... a carta de habilitação tinha vencido, VENCIDO APÓS10 ANOS, e eu nunca tinha propriamente usado. Vexame! E em 2010 percebi tava na hora de assumir o volante, o que acabou se tornando uma pequena metáfora pessoal para assumir o controle de várias coisas na minha vida (coisas de quem frequenta terapeuta). Surpreendentemente percebi que eu estou gostando muito de dirigir, e, mais ainda, de cantar muuuuuuuuito e bem alto dentro do carro, com os vidros fechados, claro.
Do amadurecimento pessoal
Fiquei muito feliz porque depois de 2 anos de terapia, ainda não ganhei alta mas ganhei um dos melhores elogios de todos: minha terapeuta anunciou "Você reparou na sua voz,na sua postura? Reparou que quando se chateia não fala mais como criança? Reparou como se senta com mais postura?" OK! Esse era o sinal. Ó aí, gente, virei adulta. Precisou eu estar à beira dos 30 para perceber isso.
Fiquei muito feliz porque depois de 2 anos de terapia, ainda não ganhei alta mas ganhei um dos melhores elogios de todos: minha terapeuta anunciou "Você reparou na sua voz,na sua postura? Reparou que quando se chateia não fala mais como criança? Reparou como se senta com mais postura?" OK! Esse era o sinal. Ó aí, gente, virei adulta. Precisou eu estar à beira dos 30 para perceber isso.
Descendo do salto
Me livrei de uma das pequenas amarras da minha vida - o salto alto. Mas desci dele com estilo. Comprei minha primeira sapatilha. Coisa mais fofa. Depois, claro, precisei comprar uma calça nova pra usar com ela, já que todas as minhas tinham a barra comprida pra usar com botas e sapatos altos. Lembro que fiquei super insegura ao usá-las no trabalho pela primeira vez. E sabe o que eu percebi? Que eu continuava mais baixa que a maioria das pessoas, com salto ou sem salto. Ou seja, fisicamente nada mudou, mas pra mim foi uma libertação. A sensação era de que eu é que estava olhando todo mundo de cima.
A fratura por stress, adquirida após meses de treinos na esteira mal planejados e do total desinteresse pela musculação, fez um ano de vida em 03 de dezembro. Nos primeiros meses ela, além de me causar dor (manquei por semanas), me deixou emocionalmente fragilizada. Logo naquele momento em que eu estava pegando gosto pela corrida, uma maldida fratura na tíbia me tirava das esteiras/pistas/ruas por meses! Mesesssssssss. Foi muito duro aceitar e cheguei a pensar que não ia conseguir voltar a correr. Recomecei bem lentamente e posso dizer que a volta aos treinos foi só no segundo semestre. 6 meses parada por causa de um osso rachado! Mas até que voltei bem: 3 corridas de rua (8km,10km e 10km) finalizadas em 2010. Mais até do que no ano anterior! Sucesso. Hoje, vim correr aqui no parque da cidadezinha no interior onde vou passar o Ano-Novo. Fui às 8 da manhã (milagre). Senti um prazer indescritível. Fiz um treino total de 9 km. A tíbia não doeu e a vontade era continuar correndo, correndo, correndo...
Do novo visual
Demorou anos mas finalmente eu fui lá e cortei a bendita franja! Acho que a última vez em que tive franja foi sei lá, aos 9 anos. 20 anos depois lá estava eu de franjinha e tentando me acostumar com aquela sensação estranha na testa. Recebi muitos elogios e até ordens: Meu, você não pode mais ficar sem franja!, disse a Grá, uma vez, enquanto tomávamos café numa segunda de tarde (adoro lembrar esse detalhe SexandtheCity). Fato é que a mudança fez bem mesmo. E como qualquer mudança, ela é um sucesso por si só. Pode até nem ter ficado tão legal, mas o fato de mudar já é ótemo. Sobre a franja em si, ela é legal e tals mas tem suas complicações. Precisa estar sempre arrumada e ela, como tem vida própria, sempre fica de um jeito diferente do que vc imaginou. Sempre cai bem, mas é um jogo de sorte. By the way, nossa relação melhorou depois que comprei uma escova modeladora, dessas mais fininhas.
Home is where the heart is
Já diria Bono. 2010 foi um ano inteiro de espera pelo apartamento novo, que realmente só vem em 2011. Mas em compensação, aquela angústia, aquela ansiedade toda passaram. A parte negativa da coisa sabe? Aquilo de não saber se vai dar certo, se vai sair, se vamos ter dinheiro pra pagar, se vamos conseguir reformar, se vão entregar, se vou ter como decorar. Hoje tenho uma fé quase cega de que mesmo com obstáculos, no fim tudo vai dar certo com a nova Sweet Home. Enquanto isso, ainda aprendi a dar mais valor ao nosso atual pequenino. É fofo, é simpático, é querido, é prático e, em 2011, vai nos deixar cheios de boas lembranças.Do poder de persuassão!
Girl Power! Consegui convencer o marido de que "Sim! Nós precisávamos e podíamos fazer uma viagem legal". A vontade de viajar veio desde as férias de janeiro, passadas em casa, vendo filmes em DVD e guardando dinheiro. Foram meses de total desolação, acreditando que uma boa viagem não estaria nos planos num futuro próximo. Mas o mundo dá voltas, a vida sorriu pra gente e apresentando todos os dados na mesa, consegui dobrar o marido. Férias 2011, mais uma vez vãoser passando muito frio! Só não vale nevar! Elas foram as mais rápidas de planejar e prometem ser uma das melhores !!!! O Bon Jovi que me aguarde... uhuuuuuuuuuuuuuu
Do blog
Eu sempre adorei escrever diários, acho que o blog ajuda a suprir um pouco essa vontade. Com a diferença que a gente não pode contar tu-do. Então, dá um jeito de contar um pouquinho. Pra mim, blog é o tipo de coisa que a gente gosta mais de escrever até do que saber se é lido. E liberar esse lado mulherzinha faz muito bem pra mim. O marido é que tá temeroso. Acha que eu vou fazer um estrago com a verba da viagem nas minhas compras de maquiagem. Sephora me espera!
E agora, sem mais: Tchau 2010! Você foi muito legal !!! Manda um beijo pra 2011 e diz que estou aguardando-o ansiosamente!!! Bjs e não me liga, fui.
